terça-feira, 29 de setembro de 2009
Que importa se chove?
Eu não vejo a tristeza dos céus, eu vejo é a alegria da terra.
Que importa se a chuva nos espia curiosa pela janela,
Quando só o que vejo é o sol que brilha reluzente em teu olhar?
Não ouço a música da chuva na noite, nem o vento batendo as janelas da casa.
Ouço o canto da tua boca, que na entrega ao pudor me vem embriagar.
Que importa se chove, se há vento, se há frio,
Se aqui em nossa cama as estrelas nos cobrem de carinho e calor?
Não deixo o firmamento encantar meus olhos com fios de água:
Só mata minha sede o que bebo de teus lábios no ápice do nosso amor.
Que me importa a vigília do céu nublado quando passo a dormir
Com teus braços envoltos em minha cintura no quarto escuro?
Esclareces novamente que unicamente sou tua,
E o quarto se ilumina com a clareza das verdades que te juro.
Não sinto a chegada do sono, e me encolho em teu encaixe.
Com a alma entrelaçada na tua, o coração se comove.
E após um ano sob a proteção de teu amor, que importa se chove?
terça-feira, 8 de setembro de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
A tarde morna e sensual no poente vai descendo, mansa, lentamente, em dobras roxas no firmamento – como minha roupa quando me desnuda para a ansiedade dos seus braços...
A tarde, presa no cume das montanhas, foge silenciosa com a cautela de alguém que a espreita ao horizonte – como teu corpo acetinado, a camisa negra e indolente cai sobre o chão, despida de receios...
A tarde cai, vacila e demora. Em tons de vermelho, ruboriza o espaço – como as maçãs do meu rosto quando seu quadril roça em meu joelho enquanto me beijas o corpo mole do ocaso...
A tarde morna, com tons de luz fugida. Calor distante, vago perfume, gesto indolente – da seda soltando-se dos ombros nus por suas carícias azuis...
A tarde cai enquanto me despes.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
A visão de uma conquista sonhada que antes fora distante.
Viajei em outras vidas, noutras barcas, na promessa de um amor,
E foi teu corpo que me atraiu como mistério do oceano domador.
No temporal de indomáveis desejos contigo velejei,
Ao vento de tuas carícias, as ondas de meu corpo entreguei.
Aportei à ilha do teu amor, descansei meu aventureiro coração;
E dentro de uma garrafa velha, livrei-me da infâmia da sofreguidão.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Das noites em claro escrevendo pra outras almas, em outros momentos.
Lembro-me que buscava em sorrisos quaisquer a doçura do sentir,
E perdi-me na incessante busca daquela que ainda estava por vir.
Lembro-me do ciúme desvairado, do egoísmo que saboreei.
Recorda os mesmos sentimentos que também vivenciei?
Experimentei emoções lavadas no orgulho do domínio pensado,
Que minha deturpada mente solitária havia pra si criado.
Vem, deita no meu colo, fecha os olhos e relembra o passado.
Percebe que foi tudo necessário, que foi tudo aprendizado.
Era tolice da baixa estima, era poesia sem rima.
Toca meu rosto com sua mão fria, sente que sou verdade.
Entrelaça seus lábios dóceis e se perca na insanidade,
Vive o agora sem restrição, entrega seu corpo à loucura da rendição.
sábado, 30 de maio de 2009
sábado, 23 de maio de 2009
Imagens frias e irreais tomam conta de minha mente. Meu corpo reage e se auto-destrói. Nesse exato instante, seu calor me envolve. Sinto a pressão da sua mão contra a minha, e as batidas do seu coração soam mais altas, embalando seus múrmurios de uma melodia qualquer. Sinto que não mais estou sozinha. Meu temor vai embora, e recupero meu juízo.
As estrelas vigilantes a conduzem. Com as mãos ligeiramente trêmulas, toco seu rosto: novamente estou segura.
domingo, 17 de maio de 2009
Em meio à negritude da escuridão, o brilho reluzente dos seus belos olhos é tudo que vejo. Luz, que aos poucos é dissipada pelo meu desejo de tê-la. Vejo sua boca, com seus lábios grossos, que sempre me trazem as memórias mais libidinosas. Toco seu rosto num gesto de carinho, e acaricio suas bochechas. Sua pele é macia e morna.
Com os olhos ainda fechados, deslizo minhas mãos pelo seu pescoço, passo pelos seus ombros, e desço até suas mãos - frias, com a ponta dos seus dedos gelados. Trago as duas até meu peito, e você pode sentir meu coração pulsando fortemente, como se quisesse sair do meu peito e entregar-se a você. Seu toque o acalma, e embala o ritmo das batidas que sincronizam com as suas.
Enquanto as estrelas sussurram sua mais bela canção em nossos ouvidos, mais uma vez nos beijamos. Juntas, nos entregamos a mais um instante de amor e paixão.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
"Eu acredito no amor.
Não como uma salvação. Mas como um prêmio de quem consegue se achar. E se conhecer. Não acho que a felicidade do outro esteja unica-exclusivamente em alguém. Longe disso. O que eu vejo muitas vezes são pessoas desesperadas para encontrar alguém. Mulheres lindas e inteligentes que acreditam que são menos por não serem dois.
Fico triste com tudo isso. Muita gente casa sem querer. Namora sem saber os sonhos de quem dorme ao seu lado. As pessoas banalizam o amor e o colocam em pacotes. Com laços de fita e tudo. Muito chique. Da Trousseau."
Fernanda Mello.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Já conheço os passos dessa estrada... E, mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Em fadas, em criaturas estranhas, em pessoas invisíveis em volta de mim. Em animais falantes, em tudo que pessoas normais acham que não é real. Em sonhos, mesmo aqueles que não podem se realizar. Em coisas belas, e na beleza que não pede algo em troca. Na beleza da arte, porque a arte pode dizer tudo sem ter que se desculpar com ninguém. Na esperança, no destino. Ainda acredito que se algo deve acontecer, acontecerá, em alguma ocasião. Acredito em momentos felizes, mesmo que pareçam raros. Em imortalidade, que qualquer um pode ser imortal.
Eu ainda acredito em tudo, porque acreditar é a fonte da minha força.
domingo, 3 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
quinta-feira, 30 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
Sempre que meu olhar desperso se encontra com o brilho estonteante das estrelas, brotam lágrimas em meus olhos. Quando bailam juntas desenhando abstrações no céu noturno, minha alma se perde em seu encanto. Fecho meus olhos e sinto que descem do infinito para dançarem à minha volta. Oh, meus pêlos se arrepiam, e sinto seu sopro gélido em meu pescoço!
É indescritível.
Elas sempre se mostram distantes. Tão belas, tão longínquas, apenas para serem admiradas. Vigiam meu sono, acompanham minha insônia. Mas nesses momentos, nesses pequenos momentos em que caem do céu e beijam meu rosto, meu corpo se entrega por inteiro. Sou delas, e em alguns instantes, são minhas. Somos nós. E mais nada, e mais ninguém...
sábado, 4 de abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
Meu corpo está cansado. No momento, desejo que tudo a minha volta se destrua contra as paredes frias e brancas do meu quarto. O que sinto agora é vazio... Deixei de sentir o que antes movia minhas ações desvairadas, inundadas de emoções insanas? Engano. Apenas se esconderam por trás dessa enorme sensação de nada que fere meu sorriso.
Quero sair daqui, sair de mim.
Quero que minhas vontades infantis levem-me pelos cabelos para qualquer lugar. Ou não, minha infantilidade não aceitaria qualquer lugar. Leve-me para seus braços, deixe que eu recolha-me em seus abraços. Leve-me para onde ela esteja - minha predileta, meu calmante, o solvente espiritual.
Leve-me de volta para o amor.