terça-feira, 29 de setembro de 2009




Que importa se chove?
Eu não vejo a tristeza dos céus, eu vejo é a alegria da terra.


Que importa se a chuva nos espia curiosa pela janela,
Quando só o que vejo é o sol que brilha reluzente em teu olhar?
Não ouço a música da chuva na noite, nem o vento batendo as janelas da casa.
Ouço o canto da tua boca, que na entrega ao pudor me vem embriagar.


Que importa se chove, se há vento, se há frio,
Se aqui em nossa cama as estrelas nos cobrem de carinho e calor?
Não deixo o firmamento encantar meus olhos com fios de água:
Só mata minha sede o que bebo de teus lábios no ápice do nosso amor.

Que me importa a vigília do céu nublado quando passo a dormir
Com teus braços envoltos em minha cintura no quarto escuro?
Esclareces novamente que unicamente sou tua,
E o quarto se ilumina com a clareza das verdades que te juro.

Não sinto a chegada do sono, e me encolho em teu encaixe.
Com a alma entrelaçada na tua, o coração se comove.

E após um ano sob a proteção de teu amor, que importa se chove?

terça-feira, 8 de setembro de 2009



Vinde a mim, mulher bela, mulher pura. Serás a suprema em minha aflição. Venha, cansei de vagar nas ruas. Trago no olhar o tédio de almas vazias, que não sei de onde vêm, não sei pra onde vão. Vinde a mim, com a água clara e milagrosa da fonte de teus beijos. Envenene meus lábios com os vinhos e pecados que encontro nas poças de desejo à margem de nosso destino.


Deixe que eu repouse, que eu descanse, que eu viva um segundo sequer liberta das angústias e desejos insanos. Estenda teus braços serenos e dê-me a paz. Deixe que eu adormeça em teu corpo à carícia de tuas mãos, e alegremente, não desperte mais.