quinta-feira, 30 de abril de 2009


Um brinde ao amor.
Que amadurece, anseia, acalenta, aquece, fortalece e cuida.


Um brinde à diversidade de opiniões, à mistura de cores, aos encontros de pensamentos, às curvas e formas, aos variados contextos, às diferentes interpretações e às sensações das texturas.


Ergo minha taça, transbordando sentimento.

"À nós. Amo você."


Aos nossos primeiros sete meses ~

segunda-feira, 20 de abril de 2009


Hoje eu precisava ir até a praia conversar com as estrelas. Queria privacidade, sem incômodo ou distração alguma. Agasalhei-me e fui.


Sentei-me na areia macia e a brisa forte da noite bagunçava meus cabelos. Enquanto conversávamos, alguns pingos de chuva caíam, avisando que nuvens negras estavam por vir. Gentilmente, elas cederam seu lugar no firmamento.
Desta vez não as chamei de volta...
Há dias chove assim, são dias longos e cinzentos. Sozinha, horas a fio entre grãos de areia e altas palmeiras, preenchi minha alma novamente do mais puro sentimento. Ao voltar, apeguei-me à cantiga dos ventos, que embala até agora a doçura dos meus sonhos, combinada aos monótonos sons da chuva nos telhados vizinhos...

quarta-feira, 15 de abril de 2009


Gosto de escrever à noite.


Enquanto a cidade dorme, traduzo meus sentimentos em palavras desconexas. Sensações vêm e vão, e carregam consigo a chuva forte e repentina do outono. Inquieta, deixo de lado o papel quando ouço o barulho da água batendo na janela. Abro, e a deixo entrar.

Me inclino vagarosamente para o lado de fora da janela.
Sinto os pingos frios molhando meu rosto. Cerro os olhos, e não sinto a presença das minhas companheiras. Entristeço.

Ouço me chamarem, implorando por uma canção. A mais bela que meus sentimentos pudessem compor naquele instante. Dedilho nas gotas d'água que caem, e as embalo na melodia que meus lábios úmidos murmuravam. A chuva cessa, as estrelas se vão. Restamos eu, o papel, as palavras. Volto a escrever. Por detrás do vidro opaco, elas me observam...


Novamente, estou preenchida. Eis que o amor inunda meu ser.

segunda-feira, 13 de abril de 2009


Há dias não falo com as estrelas. Não como tenho o costume de falar, sentada, olhando pra elas nos olhos, e ouvindo atenta a cada palavra.
Elas brilham diferente quando paro para vê-las e ouvi-las. Bailam sem vergonha de serem vistas, escrevem poemas no quadro negro do céu noturno, explicam o sentido da vida e o porquê da chuva não me deixar vê-las há DOIS DIAS.

Acreditava cegamente que deixavam-me sozinha com a chuva em dias cinzas. No entanto, sempre que chove, saio para andar sem rumo, e sentir a chuva molhando meu corpo. Descobri que elas não me deixam. Estão em cada pingo da água fria que cai, e essa é a forma de saírem do céu e me tocarem novamente.

Agora sei: o conforto da chuva é o toque singelo das estrelas em forma de água...No fundo, eu tinha certeza de que vocês jamais de deixariam, minhas estrelas...

terça-feira, 7 de abril de 2009



Sempre que meu olhar desperso se encontra com o brilho estonteante das estrelas, brotam lágrimas em meus olhos. Quando bailam juntas desenhando abstrações no céu noturno, minha alma se perde em seu encanto. Fecho meus olhos e sinto que descem do infinito para dançarem à minha volta. Oh, meus pêlos se arrepiam, e sinto seu sopro gélido em meu pescoço!



É indescritível.


Elas sempre se mostram distantes. Tão belas, tão longínquas, apenas para serem admiradas. Vigiam meu sono, acompanham minha insônia. Mas nesses momentos, nesses pequenos momentos em que caem do céu e beijam meu rosto, meu corpo se entrega por inteiro. Sou delas, e em alguns instantes, são minhas. Somos nós. E mais nada, e mais ninguém...

sábado, 4 de abril de 2009


Quando acordo aflita no silêncio noturno, e por obra do acaso - ou da nosa extremamente incomparável ligação - escuto seu soluço em meio ao som corrosivo de suas lágrimas contra o travesseiro, meu coração se dissipa em meu corpo. Sinto que suas lágrimas corroem meus órgãos, procurando por essência.
Está feito, não sinto meu corpo. Perdida por dores e pensamentos deturpados, minha alma encontra a sua, vagando desesperançosa. Toda e qualquer coisa se esvai, dando lugar ao azul-arroxeado do nosso encontro áureo.
Enxugo suas lágrimas, as dissolvo em uma única solução - composta por todos meus sentimentos, que afloram sempre que sinto sua presença. Nossos corpos se reconstroem. Em um mágico instante, voltamos ao sono. Durma em paz, meu amor...